este ha sido un buen año de ciruelas
y las sandías han cuajado rojas
qué bien escribe Ignacio Echevarría
volverán a cambiar casi todo en
la biblioteca nacional de españa
irremediablemente dependemos
de los vaivenes de los ministerios
de los granos de algún politiquillo
hace falta gritar un poco más
¡si nos dejaran trabajar tranquilos!
mal no se han dado los melocotones
dicen que la cosecha de uva negra
viene morrocotuda y habrá vino
excelente veremos a qué precios
voy a poner un estrambote porque
la página de Echevarría en El Cultural es excelente excelente.
y las sandías han cuajado rojas
qué bien escribe Ignacio Echevarría
volverán a cambiar casi todo en
la biblioteca nacional de españa
irremediablemente dependemos
de los vaivenes de los ministerios
de los granos de algún politiquillo
hace falta gritar un poco más
¡si nos dejaran trabajar tranquilos!
mal no se han dado los melocotones
dicen que la cosecha de uva negra
viene morrocotuda y habrá vino
excelente veremos a qué precios
voy a poner un estrambote porque
la página de Echevarría en El Cultural es excelente excelente.
... ANGÚSTIA METROPOLITANA ou o POEMA URBANO...
ResponderEliminarAlexandria
Lisboa não é Alexandria mas
Alexandria não passa de uma metrópole
em versos subida e sublimada, a sua geometria,
as incisões do pequeno desespero.
Dêem-me uma cidade, que esta minha
está cansada e não quero outra,
escadarias em que se desce sempre,
velhas varandas apalaçadas,
dêem-me uma Alexandria do pensamento,
com uma antiguidade a dourar cada hora,
cada entardecer, mas uma antiguidade
falsa, hiperbólica,
subtil de tão imaginada, unreal city.
Lisboa não é Alexandria e está cansada, houve sítios
que conheci, outros ocultos,
percursos que adivinho no avanço
das multidões, dias de festa,
lambris de janelas, amuradas.
Não quero este rio, nem o outro,
heraclitiano, que me oferecem
umas breves obras completas na estante.
Dêem-me uma cidade terrestre, sem posteridade
ou idioma, uma cidade para que eu possa
inaugurar o passado das ruas
e, sem outro propósito, respirar.
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Metropolitanos
Aqui estamos, atravessando
sem saber o nosso destino,
à espera que o próprio caminho
o torne evidente (mas não),
somos todos assim metropolitanos (urbanos),
saímos na estação errada,
lemos cabeçalhos, vemos o envelhecimento
nos rostos que connosco através
de túneis dantescos (cliché),
e pensamos (ou dizemos agora que pensámos)
que há um plano que nos ultrapassa (rodoviário),
um plano (subterrâneo)
de linhas que se cruzam com as linhas
da mão, interceptadas em cores
e com o guarda-roupa do nosso
tempo (capitalismo tardio)
atravessamos (atrasados), sob o sol
que imaginamos em cima (platónico),
interrompidos pelo parêntises irónico
da consciência que talvez queira fazer
a diferença mas não faz nada (nada).
Pedro Mexia (Lisboa, 1972- ), "Eliot e outras observações", 2003
Estoy contigo: Echevarría lo borda. ¿Lo has leído en cuartopoder?
ResponderEliminarTal vez se podría eliminar la sección de comentarios, al estilo personalista Into the Wild, porque raro es que haya reacción ni respuesta alguna a los comentarios, se supone que por falta de tiempo ...
ResponderEliminarHola, Elvira; claro que leo cuarto poder...; pero me ocurre lo del último comentario: casi no tenemos tiempo para más. De todos modos yo dejo abierto los comentarios -jamás he filtrado o censurado ninguno-, para que todos nos sintamos más libres.
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