inmensas rocas ruinas incesantes
el mar por todos lados blanco el Etna
con sus nieves al cielo la cima alzada
dormido aletargado el fuego espera
naturaleza que venció a la historia
monumentos vencidos por las guerras
siglos de viento de mar de estaciones
que todo lo devuelven a la tierra
y en la calle la gente que construye
como puede el afán de sus existencia
plazas calles basuras restaurantes
y templos y en cada rincón iglesias
Y así será todo lo que dejemos
comeré pronto y dormiré la siesta
DOS POEMAS DE JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA (Machico, Ilha da Madeira, 1965- )
ResponderEliminarDe Profundis
Faltam aos planos das cidades
esfinges aladas
palmas fora de tempo, matagais
pequenos acrescentos a vermelho
Faltam atlas com algum detalhe
para as emissões nocturnas
nos agudos da nossa incerteza
falta uma beleza
a olhar por nós
indiscernível, entreaberta ainda
Talvez a nós próprios falte
essa grande medida
insondáveis cordas na travessia
uma juventude que o mundo possa
documentar
os teus olhos são o que resta
dos livros sagrados
e da grande pintura perdida
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A casa onde às vezes regresso é tão distante...
A casa onde às vezes regresso é tão distante
da que deixei pela manhã
no mundo
a água tomou o lugar de tudo
reúno baldes, estes vasos guardados
mas chove sem parar há muitos anos
Durmo no mar, durmo ao lado do meu pai
uma viagem se deu
entre as mãos e o furor
uma viagem se deu: a noite abate-se fechada
sobre o corpo
Tivesse ainda tempo e entregava-te
o coração