de las manos el agua se desliza
y deja frío y trasparencia deja
saltarina se siente que discurre
buscando el manantial que se la lleva
en umbrías remansa travesuras
que repican su juego entre las piedras
al fin más no podrá y descenderá
a buscar las semillas de la tierra
agua sin luz bajo la sombra canta
agua que canta sin saber qué espera
pozo profundo
nada se dice
agua desnuda
bajo la tierra
y deja frío y trasparencia deja
saltarina se siente que discurre
buscando el manantial que se la lleva
en umbrías remansa travesuras
que repican su juego entre las piedras
al fin más no podrá y descenderá
a buscar las semillas de la tierra
agua sin luz bajo la sombra canta
agua que canta sin saber qué espera
pozo profundo
nada se dice
agua desnuda
bajo la tierra
... LOS JARDINES DE LISBOA...
ResponderEliminarDO OUTRO LADO DO RIO
Do outro lado do rio
cada voz é um poema.
Faz o barqueiro um desvio,
vai-e-vem rema-que-rema,
ao outro lado do rio.
Todo o sol, a névoa, a noite
me condensa esta saudade.
Nada impede que me afoite,
em resguardos sem verdade,
ao outro lado, pela noite.
Surgem estrelas nas mágoas,
nas mágoas do meu desterro:
atravessar estas águas
e reparar o meu erro
(o meu erro e as suas mágoas).
Do outro lado do rio,
que imenso reino para mim!
Aqui tenho fome e frio,
Aqui, para onde vim
Do outro lado do rio.
Guardo o sol na minha mão,
fechado, que mais não tenho.
Os meus sonhos onde irão,
sendo eu aqui um estranho,
com sol fechado na mão?
Fernanda Botelho (Lisboa, 1926-2007)
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TEJO
Aqui e além em Lisboa - quando vamos
Com pressa ou distraídos pelas ruas
Ao virar da esquina de súbito avistamos
Irisado o Tejo:
Então se tornam
Leve o nosso corpo e a alma alada.
Sophia de Mello Breyner
Conozco esa sensación del río de repente, en LIsboa. Precioso el poemita de Fernando Botelho.
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